 E esta é a última coluna da Copa. A décima, que é um número bom. Começando pela conquista da Alemanha, justíssima e que representa a vitória do futebol. Os alemães apresentaram o melhor desempenho da Copa, taticamente a equipe mais equilibrada e eficiente, com mais talentos individuais, um plantel mais completo e um grande treinador. Um time muito bem organizado e que trabalhou mais de uma década para formar uma geração campeã.
Merecido.
Quem costuma me acompanhar aqui no site, talvez se lembre que em setembro do ano passado estive em Nuremberg com o Al Gharafa e vi de perto a organização do futebol alemão. Encerrei meu texto com um “muito cuidado com a Alemanha na Copa de 2014”. Era a sensação que a gente tinha ao ver o futebol lá de que o estágio de profissionalismo, organização e maturidade apontavam para dar certo. Podia ter perdido o título, mas trabalho está correto.
A Alemanha campeã tem um meio de campo com muita qualidade com Kroos, Scheinzteiger e cia, que sabe tocar a bola sempre ofensivamente. Experiente, Klose conseguiu no ataque tornar-se o maior artilheiro em Copas. E ainda ao lado o jovem Muller, que também tem qualidade e a revelação Goetze, autor do gol da vitória. Na defesa, não bastasse o melhor goleiro da Copa, Neuer, que defende e se posiciona bem, Boateng teve um desempenho espetacular nos momentos decisivos. Ainda Philipe Lahm, que joga em várias posições, enfim, poderia citar muita qualidade individual nos alemães. Mas o que predominou mesmo foi o senso coletivo, a afinação da equipe.
Méritos para o técnico Low, que vem fazendo um grande trabalho e foi coroado com a conquista do quarto título mundial para os alemães.
Falando da final, a Argentina foi guerreira. Segurou como foi possível o time alemão e tentou se superar para bater um adversário bem ajustado. Teve chances de marcar seu gol, mas Messi não conseguiu desequilibrar e talvez essa fosse a grande chance dos argentinos. O segundo lugar acaba sendo justo também, apesar de achar que a Holanda também poderia ter feito a final.
Registrando que Van Gaal, da Holanda, foi na minha opinião o grande técnico da Copa. Os holandeses entraram desacreditados, já que tinha pela frente no grupo a Espanha e muita gente apostando no Chile, que de fato fez boa campanha. Pois Van Gaal conduziu a Holanda em atuações muito boas.
Já que eu falei do destaque como treinador, o melhor jogador na minha opinião foi James Rodriguez. Essa ainda não era mesmo a Copa do Neymar e acho que Messi foi importante para a Argentina chegar à decisão, mas foi menos decisivo do que se esperava do melhor do mundo.
O resumo foi que tivemos uma grande Copa, uma das melhores mesmo. Parabéns aos brasileiros, que souberam receber os estrangeiros daquele jeito especial. Parabéns ao Brasil, que superou suas dificuldades do dia a dia para tornar especial o espetáculo do futebol. E que a nossa Seleção consiga tirar lições dos momentos tristes que vimos nesse Mundial. A hora é essa e a lição foi implacável.
Até a próxima!
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